MXRF11 publica novo Relatório Gerencial: carteira segue forte em CRIs e retorno competitivo em 12 meses

Fundo mantém distribuição de R$ 0,10 por cota, carteira concentrada em CRIs e desempenho competitivo em 12 meses; gestão reporta alienações parciais e novo CRI IPCA+10% a.a.

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O Relatório Gerencial publicado no dia 1º de outubro, com dados de de agosto/2025, do MXRF11 (Maxi Renda FII) confirma a manutenção do rendimento de R$ 0,10 por cota e mostra uma carteira ainda majoritariamente alocada em CRIs, com métricas de risco e performance que ajudam a entender a geração de caixa e a resiliência do portfólio.

Dividendos, yield e base do fundo

  • Rendimento distribuído: R$ 0,10/cota (ago/2025)
  • Yield mensal: 1,04% (anualizado: 13,21%)
  • Patrimônio Líquido (PL): R$ 4,154 bilhões (R$ 9,4989 por cota)
  • Base de investidores: 1,325 milhão de cotistas
  • Mercado secundário: VP de R$ 9,50 e preço de tela de R$ 9,62 em ago/2025; presença em pregão de 100%

Como está a carteira

A composição do portfólio segue com predomínio de CRIs (79,7%), além de FIIs (11,2%), permutas financeiras (6,7%) e caixa (2,4%). O LTV médio reportado é de 49%, com spread de crédito de 217 bps (marcação a mercado dos CRIs).

Indexadores e taxas (book de CRIs + permutas): IPCA/INCC+ com taxa média de aquisição de 8,67% a.a. (MtM 10,37% a.a.) representam 76,42% do book; CDI+ responde por 11,95% (aquisição CDI+2,75%; MtM CDI+2,77%).

Desempenho: mês, ano e 12 meses

  • Retorno total bruto no mês: 1,25%
  • Retorno total bruto no ano (2025): 10,89%
  • Retorno total bruto em 12 meses: 7,99% (com comparativos frente a IFIX e NTN-B 2029)

As estatísticas do mercado secundário reforçam a alta liquidez do MXRF11, com grande volume negociado e base pulverizada de investidores.

Movimentações e fatos subsequentes

  • Vendas parciais de CRIs: FS Bio e GAV Porto 2 Life Sênior, com ganho de capital aproximado de R$ 0,83 milhão.
  • Fato subsequente (set/2025): aquisição de R$ 40 milhões do CRI Nova Milano KSM, a IPCA + 10,00% a.a.

A gestão destaca monitoramento ativo das empresas emissoras e atenção a um ambiente de juros ainda elevados, que pode afetar estruturas de dívida e balanços.

Leitura do cenário

Em agosto, o IFIX avançou 1,16%. As projeções de inflação (Focus 05/09) indicaram recuo para 2025, com atenção à dinâmica da Selic. Para o cotista, esse pano de fundo ajuda a avaliar a sensibilidade do portfólio atrelado a IPCA/INCC e CDI.

Pontos de atenção ao cotista

  • Renda estável: a manutenção de R$ 0,10/cota é sustentada por receitas de CRIs e por permutas financeiras — instrumento cujo fluxo tende a se concentrar em marcos de obra/entrega.
  • Crédito: LTV médio de 49% e spread de 217 bps são saudáveis no agregado, mas exigem leitura contínua do ciclo de juros e da qualidade dos emissores.
  • Preço vs. VP: com VP e preço de tela próximos no mês, há menor distorção de P/VP e do yield implícito.

Serviço ao investidor

O fundo relembra os pontos institucionais (gestão, administração, objetivo, tributação): para pessoa física, rendimentos seguem a regra de isenção de IR quando atendidos os requisitos legais; ganho de capital na venda de cotas é tributado em 20%.

Cristiano Alvarenga

Cristiano Alvarenga

Jornalista profissional com experiência em publicação de conteúdo informativo em sites instituionais das áreas de educação e finanças. Atualmente é servidor público da Universidade Federald e Uberlândia, tem experiência em jornalismo de dados e assessoria de comunicação.

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